A contradição da venda de pescados na quaresma

Neste ano, o consumo de pescados durante a Quaresma em bares e restaurantes de Belo Horizonte tem apresentado tendências contrastantes. Vamos explorar os detalhes:

1. Peixarias Lamentam Vendas Fracas:

   • Francisco de Melo, que trabalha na Peixaria São Francisco, relata que, até meados de 2019, na Quarta de Cinzas, costumava vender cerca de 1.000 kg de peixe, mas neste ano, apenas 300 kg foram vendidos na mesma data (14/2).

   • O aumento de quase 18% no preço dos pescados e a perda do costume religioso de jejum de carne vermelha têm afastado clientes. Muitos agora preferem peixes prontos para consumo em restaurantes, em vez de prepará-los em casa.

   • O bacalhau do porto, por exemplo, saiu de R$ 235 para R$ 249,50 o quilo do lombo. A escassez e o preço mais elevado desse produto importado impactam os consumidores1.

2. Bares Aumentam Faturamento:

   • No Filé, um tradicional bar na região da Pampulha, que tem como carro-chefe as carnes vermelhas e porções, a expectativa é de um incremento de até 30% no faturamento durante a Quaresma.

   • O gestor de alimentos e bebidas da casa, Ilton Clever, explica que o bar não tem impacto na venda de carne, e o consumo de peixe aumenta nesse período.

   • Alguns bares estão se beneficiando do hábito de substituir carne vermelha por peixes durante a Quaresma1.

3. Expectativas e Desafios:

   • Francisco esperava um bom movimento no início da Quaresma, investindo em maior variedade de peixes e estoque, além de contratar mais pessoal. No entanto, o aumento nas vendas foi modesto.

   • Apesar de um primeiro dia de movimento fraco, a expectativa é de um incremento de 30% nas vendas de peixes na Quaresma deste ano.

   • Os clientes ainda não apareceram em grande número, mas a esperança permanece para o restante do período1.

Em resumo, enquanto alguns estabelecimentos enfrentam desafios, outros estão aproveitando o aumento na demanda por pratos de peixe durante a Quaresma em Belo Horizonte. 🐟🍽️